Continuando o tema da castidade, segundo o Catecismo da Igreja
Católica, lembremos que “todo batizado é chamado à castidade (...) segundo seu
específico estado de vida (CIC, 2348): casados ou celibatários.
Desde os tempos apostólicos, virgens e viúvas cristãs, chamadas
pelo Senhor a apegar-se a Ele sem partilha em uma liberdade maior de coração,
de corpo e de espírito, tomaram a decisão, aprovada pela Igreja, de viver
respectivamente no estado de virgindade ou de castidade perpétua "por
causa do Reino dos Céus" (Mt 19,12; cf. CIC, 922).
“Acrescentada às outras formas de vida consagrada, a ordem das
virgens constitui a mulher que vive no mundo (ou a monja) na oração, na
penitência, no serviço a seus irmãos e no trabalho apostólico, conforme o
estado e os carismas respectivos oferecidos a cada uma. As virgens consagradas
podem associar-se para guardar mais fielmente seus propósitos” (CIC, 924).
Todos os ministros ordenados da Igreja latina, com exceção dos
diáconos permanentes, normalmente são escolhidos entre os homens fiéis que
vivem como celibatários e querem guardar o celibato “por causa do Reino dos
Céus” (Mt 19,12). Chamados a consagrar-se com indiviso coração ao Senhor e a
“cuidar das coisas do Senhor”, entregam-se inteiramente a Deus e aos homens. O
celibato é um sinal desta nova vida a serviço da qual o ministro da Igreja é consagrado;
aceito com coração alegre, ele anuncia de modo radiante o Reino de Deus (CIC, 1579).
“As pessoas casadas são
convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na
continência: Existem três formas da virtude da castidade: a primeira, dos
esposos; a segunda, da viuvez; a terceira, da virgindade. Nós não louvamos uma
delas excluindo as outras. Nisso a disciplina da Igreja é rica” (CIC, 2349).
“Os noivos [ou namorados] são convidados a viver a castidade na
continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo,
urna aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte
de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura
específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão
mutuamente a crescer na castidade”. (CIC, 2350).
“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio,
educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade
desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se
aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (CIC, 2359).
A virtude da castidade
desabrocha na amizade. Mostra ao discípulo como seguir e imitar Aquele que nos escolheu
como seus próprios amigos, se doou totalmente a nós e nos faz Participar de sua
condição divina. A castidade é promessa de imortalidade. A castidade se
expressa principalmente na amizade ao próximo. Desenvolvida entre pessoas do
mesmo sexo ou de sexos diferentes, a amizade representa um grande bem para
todos e conduz à comunhão espiritual. (CIC, 2347).