segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Você sabia que a gula pode prejudicar seu namoro e até o casamento?

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontra sua raiz nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Esse é o quinto texto de uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Já abordamos a soberba, a avareza, a luxúria e a inveja, falemos, agora, da gula.

A rigor a gula é o amor desordenado aos prazeres ligados ao alimento - tratando-se do excesso de bebida, chama-se embriaguez (atualmente, alcoolismo); mas, a natureza é a mesma: a falta de autocontrole, chamada de intemperança.

A gula pode si dar pelo excesso ou pelo extremo rigor na qualidade - aquele tipo de pessoa que gasta "rios de dinheiro" em comidas refinadas sem necessidade ou ainda que só fala nessas coisas.

Claro a comida nos causa prazer, o problema é, sobretudo, quando esse se torna o único prazer (ou o principal) de tal forma que acaba por prejudicar a saúde do indivíduo, colesterol elevado, pressão alta, problemas cardíacos dentre outros. Tem gente que sabe que, por causa do diabetes, por exemplo, não pode comer doce, mas briga com todo mundo e até esconde um "chocolatezinho" ou "ataca" a geladeira à noite. Há pessoas viciadas em bebida que chegam a mentir para conseguir dinheiro para sustentar o vício do álcool.

A gula pode provocar, inclusive, consequências mais graves ainda para a alma como o abandono das atividades religiosas (pensemos no caso do jejum, da abstinência, das penitências). Todos sabem o quanto o alcoolismo prejudica o usuário, a família com a sociedade como um todo!

Mas, talvez, o que poucos saibam é que a gula pode prejudicar nossas relações amorosas, namoro, noivado e até o casamento!

Deixe-me explicar: não é o amor ao alimento em si que pode acabar seu namoro, aquelas saidinhas para lanchar no sábado à noite... nem do impacto financeiro dessas aventuras gastronômicas! Não, estou falando, justamente, daquilo que falta ao guloso, o autocontrole, o domínio de si, a temperança.

Para ilustrar o que estou afirmando, cito o exemplo de um famoso experimento realizado, em 1960, na Universidade de Stanford. Colocaram crianças de 4 anos em uma sala com marshmallows e prometeram a elas que, se resistissem ao seu impulso em comer os doces por uns 20min, receberiam o dobro. Um terço dele não resistiu à tentação. Uma década depois, descobriu-se que aqueles mais contidos haviam se tornado adolescentes mais bem sucedidas no trabalho, nos estudos e até nos futuros casamentos! O contrário dos outros, que eram mais briguentos, instáveis, intolerantes à frustração, ciumentos.

A intemperança faz apressar o passo, atropelar as etapas, não saber esperar e isso gera muitas complicações.

Os glutões geralmente, são pessoas excessivamente carentes, ciumentas, possessivas, com pouca tolerância a frustração; diante dos problemas, tendem a "descontar" sua raiva, medos, frustrações e ansiedades na comida ou bebida. Esse tipo de comportamento, além de prejudicial a si mesmo, causa um desequilíbrio nos vínculos afetivos exigindo do outro que ele preencha seu vazio existencial - o que já mais será saciado! - o que pode gerar sentimentos de culpa, cobrança, agressões, mentiras etc.

Os remédios para os males da gula partem do autoconhecimento de nossas próprias necessidades e limites, reconhecer até onde estou a satisfazer uma demanda do meu corpo ou de minha própria compulsão, até onde estou me utilizando da comida e da bebida para meu sustento ou como "bengala" para apoiar minha fragilidade emocional. Em alguns casos, é necessária ajuda profissional.

Como meios espirituais para combater a gula, oração, jejum e penitência são os meios clássicos. Pedir a Deus o dom do domínio de si e a graça do discernimento em ter a capacidade de saber reconhecer as próprias necessidades.

domingo, 30 de agosto de 2015

A inveja também destrói o namoro

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontra sua raiz nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Esse é o quarto texto de uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Já abordamos a soberba, a avareza e a luxúria, falemos, agora, da inveja.


Inveja pode ser entendida pelo prazer que se sente com a desgraça alheia, no fundo, pode significar o desejo de ter a vida do outro e como isso não é possível torço pelo seu fracasso e me entristeço com seu sucesso - como se a felicidade dele perturbasse a minha.

O livro da Sabedoria (Sb 2,24) ensina o poder destrutivo da inveja ao afirmar que

"Pela inveja do diabo a morte entrou no mundo"

Santo Agostinho dizia que

"A inveja é o pecado diabólico por excelência”

E se referia a ela como "o caruncho da alma que tudo rói e reduz a pó".

O distintivo essencial da inveja é a falta de caridade, o amor não é invejoso - ensina São Paulo (1Cor 13,5). 

Ciúme é uma face da inveja. Não se alegra com os reveses e dissabores alheios. Mas tem o receio exacerbado de perder o bem que possui, e cobiça violentamente o bem dos outros, podendo chegar a prejudica-lo, física ou moralmente, através de fofocas, intrigas, calúnias, rivalidades etc.

Os invejosos podem ser pessoas inseguras, com baixa autoestima, ingratas e interesseiras, capazes de qualquer coisa para atingirem seus objetivos.

A pessoa invejosa, geralmente, tem dificuldade de admirar o outro, sofre do sentimento de injustiça. Muitas vezes, ela também é companheira das pessoas inseguras, fracassadas ou revoltadas, que, não conseguindo o sucesso das outras, ficam corroídas de inveja e desejando-lhes o mal. E muitas vezes, esse sentimento está tão entranhado na pessoa que ela mesma não sabe ou não consegue perceber que possui sentimentos de inveja em relação a outras pessoas.

A inveja destrói o namoro não pelo "olho gordo" ou por atrair "coisas negativas" sobre si (isso é superstição!), mas porque o invejoso, é um insatisfeito crônico: quer ter uma vida que não é a sua (é a das revistas, das novelas, dos filmes, é a vida de pessoas próximas...), não saber agradecer pelos seus dons, nem pelas coisas boas que tem e corre o risco de "usar" as pessoas como meio para obter o que ele quer. Como ensina o papa Francisco, o outro é um dom de Deus e aos dons de Deus é necessário dizer "muito obrigado".

Outra coisa que dificulta o relacionamento com uma pessoa invejosa é que ela sempre estará comparando o seu namoro com o de outra pessoa e, geralmente, as comparações se fazem de forma pejorativa para com o parceiro: "você num serve pra nada! Não vê fulano? Isso é que é um namorado..."

A falta de gratidão, de admiração e de elogios sinceros vão minando a relação a ponto de torna-la insustentável, podendo culminar no rompimento traumático.

E que remédios pode se usar para combater a inveja? 

Rezar e meditar sobre o fato de que "Deus não faz distinção entre as pessoas" (Rm 2,11), todos os homens tem igual natureza e igual destino. Não são irmãos em Cristo todos os católicos? E não são todos eles membros da mesma sociedade que é a Igreja?

Peçamos ao Senhor que Ele nos faça enxergar a nossa própria riqueza, que infunda amor sincero pelo próximo e nos dê a capacidade de reconhecer as consequências devastadora que a inveja pode causar na minha vida e na dos outros e a humildade para me alegrar com as conquistas dos outros.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Como a luxúria pode estragar um relacionamento

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontra sua raiz nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Esse é o terceiro texto de uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Já abordamos a soberba e a avareza, falemos, agora, da luxúria.


Luxúria ou lascívia é o vício contrário à virtude da pureza, caracterizada por pensamentos excessivos de natureza sexual ou um desejo sexual confuso ou incontrolável. Hoje, fala-se muito sobre a compulsão sexual.

Que atos podem se considerar lascivos?
  • Ações libertinas que desrespeitem seu corpo, do outro;
  • O olhar malicioso sobre pessoas e/ou objetos com intuito de obter excitação;
  • Alimentar voluntariamente pensamentos, a imaginação ou os desejos impuros;
  • Fornicação: ter relações sexuais antes do casamento;
  • Adultério: ter relações sexuais extraconjugais;
  • Masturbação: excitação voluntária dos órgãos sexuais;
  • As chamadas perversões como incesto, pedofilia, bestialidade, exibicionismo sexual, sadomasoquismo etc.
  • Pornografia, dentre outras coisas.
Que males a luxúria pode trazer para o relacionamento amoroso?

Um namoro centralizado no sexo, dificilmente, se sustenta por muito tempo. Antecipar as etapas do relacionamento pode gerar sensação de “vazio”, de se sentir usado, abandonado, pode ser gatilho para uma série de atitudes de dominação, violência, possessividade etc., aumenta o risco de DST’s, de gravidez na adolescência; a sensação de desamparo pode levar à transtornos de ansiedade, depressão etc.

A masturbação é sempre, e especialmente no adulto, uma manifestação de pouca maturidade no desenvolvimento da personalidade, já que resulta de não se ter alcançado um nível de adequado autocontrole. Pode levar a sentimentos de culpa e vergonha. A longo prazo, se não se corrige, torna a pessoa mais introvertida, egoísta, sempre às voltas com os seus problemas e incapaz de estabelecer relações de entrega e doação de si mesma com os outros.

A pornografia, adultério, fornicação ou mesmo o desejo sexual incontrolável podem destruir o namoro, o noivado e até o casamento. A pornografia pode levar ao desinteresse pelo parceiro e incentivar a infidelidade, gera expectativas irreais que prejudicam o relacionamento. Acaba por destruir a confiança e a franqueza, qualidades essenciais no casamento. Visto que em geral é feito em secreto, o uso da pornografia muitas vezes leva a enganar e a mentir. O cônjuge se sente traído. Não entende por que seu parceiro não mais o acha atraente.

Na alma, os pecados contra a pureza nublam, entenebrecem e materializam, a inteligência. Cegam-na para as coisas de Deus (1Cor 2, 14). Desmoralizam e embrutecem o coração gerando a acídia ou "preguiça espiritual" ou desleixo para com as coisas sagradas, que, progressivamente, a pessoa passa a ver Deus como um "estraga prazeres" e tende a se afasta Dele, podendo abandonar a religião e cair na impiedade. Por isso, é importante vigiar e orar.

Como superar o vício da luxúria?
  • Buscar compreender quais as verdadeiras razões que o levam ao vício (carência afetiva, imaturidade emocional, medo de compromisso, dificuldade em se relacionar, insatisfação pessoal etc.);
  • Fugir ou evitar aas ocasiões que levam ao pecado;
  • Evitar o ócio e utilizar o tempo de forma produtiva;
  • Vida de oração;
  • Prática da confissão;
  • Penitências e mortificações;
  • Em alguns casos, é necessário ajuda profissional.
Nós fomos feitos para o amor, não para qualquer amor, mas uma amor que tende ao infinito, uma amor sobrenatural e a luxúria vem deteriorar essa tendência ao eterno que reside em mim, ela distorce, deforma a maneira de amar, fazendo com que se viva uma amor egoísta, centralizado na sensação de prazer e não na pessoa do outro, e não em uma amor enquanto doação e entrega total, um amor aberto à fecundidade, um amor tão forte que, a exemplo do Pai e do Filho, seja capaz de gerar um Terceiro.

sábado, 15 de agosto de 2015

Como a avareza pode atrapalhar sua relação

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontram sua origem nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Esse é o segundo texto de uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Falemos, agora, da avareza.


Avareza é o amor desregrado aos bens materiais, às riquezas e, sobretudo, ao dinheiro.

O avarento é ganancioso, ou seja, anda sempre aflito por ganhar mais dinheiro. A fortuna, para ele, é um fim, e não o meio de prover às necessidades da existência.

O avarento pode ser também sovina, mesquinho, não consegue dividir o que tem, não se desapega de seus bens e quando tem que gastar, parece que lhe arrancam um pedaço de si.

Por amor ao dinheiro, muitos não hesitam em cometer injustiça para com o próximo, fraudes, trapaças, roubos, traição. O avarento não se compadece da miséria.

A avareza afeta todas as áreas da vida, inclusive os relacionamentos amorosos.

O avarento por vezes, confunde os bens materiais com os afetos e acham que quanto mais posses tiverem mais as pessoas gostaram dele. Quantos pais e maridos acham que trabalharem em excesso para acumular bens materiais é mais importante do que oferecer carinho e atenção aos filhos e/ou a esposa!

Mas, seu comportamento, ao contrário, tende a afastar as pessoas ou aproximar apenas os interesseiros. Por isso, muitos avarentos podem se tornar pessoas solitárias, desconfiadas, reclamonas – o que se agrava com a idade.

O avarento tem a tendência a controlar – não só o dinheiro, mas também acaba por se utilizar desse “poder financeiro” para controlar a vida das pessoas que dependem dele.

Além disso, avareza, apego e ciúme estão estritamente relacionados. No fundo, tudo tem a ver com a segurança que o avarento deposita no que tem, e não em Deus. 

Seja no namoro, no noivado e, sobretudo, no casamento, é muito importante e virtuoso economizar com sabedoria. Entretanto, o dinheiro não pode se tornar o principal propósito do casal.

Muitos divórcios e discussões no casamento ocorrem devido às questões financeiras. Mas, na vida conjugal, deve-se romper com a mentalidade do “meu” e do “seu”, pois os bens agora são “nossos”. O casal deve dialogar e entrar em acordo sobre o que, como e onde gastar e economizar.

Se você for o único provedor da casa não sinta que todo o dinheiro é seu e só você pode administrá-lo e gastá-lo. Se você e seu cônjuge trabalham, não dividam os lucros. Coloquem todo o dinheiro em apenas uma conta bancária, conjunta se for possível, desta forma não sentirão que um contribui mais que o outro.

Ao invés de ficar obcecado em ganhar mais e acumular mais riquezas, reserve um tempo também para desfrutarem, juntos do fruto de seu trabalho.

Reze a Deus pedindo a graça da generosidade, para que ele lhe dê um coração desapegado dos bens materiais; lembre-se de que tudo passa neste mundo; e que a Única riqueza de verdade é amar a Deus e o próximo. Medite nos exemplos de Jesus Cristo. Era riquíssimo, quis nascer, viver e morrer, paupérrimo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Como a soberba pode atrapalhar o namoro

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontram sua origem nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Vamos iniciar uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Iniciemos com a soberba.



A Soberba consiste numa estima excessiva de si mesmo. São Tomás de Aquino dizia que a soberba é a mãe de todos os vícios.


Quais são as características de uma pessoa soberba?
  • Gaba-se em demasia de suas qualidades; 
  • Não se lembra de dar glória a Deus pelo que recebe;
  • Tem dificuldade de agradecer e reconhecer a ajuda dos outros;
  • Atribui a si mesmo dotes que não possui;
  • Tem a tendência em rebaixar as virtudes dos outros;
  • Gosta de criticar em excesso.
A soberba tem muitos filhos: o orgulho, vaidade, vanglória, arrogância, prepotência, exibicionismo, egocentrismo, ambição, a presunção, e a vanglória.
  1. Orgulho: é quando a pessoa se sente superior aos outros.
  2. Vaidade: ocorre quando o indivíduo quer chamar para si, de maneira incontrolada, a atenção, a admiração, os elogios e homenagens, quase sempre vazios, ilusórios e instáveis. Tais pessoas gostam de aparecer, se exibir, amam aplausos e as bajulações.
  3. Ambição: é o desejo descomedido de glória, honras, fortuna, poder, etc. o ambicioso anda atrás das posições de destaque e das dignidades.
  4. Presunção: é a demasiada confiança em si próprio. Presunção e ambição não raro andam a par. O presunçoso exagera seus talentos, julga-se preparadíssimo para qualquer encargo, acha que sabe tudo, que pode fazer tudo melhor que os outros.
  5. Vanglória: é a mania de se envaidecer por predicados, mais brilhantes e espalhafatosos, do que reais e sólidos; de colher louvores, e pasmar os circunstantes, quanto não há motivo para tanto.
Como a soberba pode atrapalhar um relacionamento?

O orgulho é um pecado que pode levar ao fim muitos relacionamento. São Paulo ensinava que o amor não é orgulhoso, não é ostensivo, exibicionista, não busca o próprio interesse (1Cor 13,4s), justamente, o oposto da soberba. Ela vai destruindo o amor e a cumplicidade de um casal e faz com que as coisas boas que um sente pelo outro acabem se desmoronando até que não reste mais nada.

O soberbo, dificilmente, reconhece seus erros, tem dificuldade em pedir perdão e o perdão é a base para o amor: quanto mais se ama verdadeiramente, quanto mais se perdoa.

Para o soberbo, é sempre o outro que está errado: estudos mostram que, em geral, as pessoas têm três vezes mais a tendência de responsabilizar o outro pelos problemas conjugais. Mas, quem suportaria estar sempre errado em um relacionamento?

O soberbo muitas vezes é inflexível, o que pode aumentar em 38% os conflitos do casal.

Pessoas vaidosas e egocêntricas (derivados da soberba) buscam sempre chamar atenção, ser o centro, são excessivamente emotivas. No início, as suas relações afetivas estão impregnadas de uma paixão frenética e fora de controle, depois, costumam terminar de maneira drástica e tormentosa.

A arrogância e a autossuficiência excessivas vão minando a relação. Não é possível um amor saudável se um dos dois se sente superior ao outro. Aqui, há a dificuldade em reconhecer a própria insuficiência e fraqueza.

O que fazer para superar a soberba?

Tudo começa pela prática da humildade. Buscar reconhecer que Deus é a origem de tudo que somos e temos, reconhecer que, embora sejamos a mais sublime das criaturas que Deus criou, a única que Ele quis para si, nós somos pó (Gn 2,7). Busque exercitar a gratidão a Deus e ao próximo.

É aconselhado que se faça um exame atento, demorado, sincero, de suas misérias, das suas falhas e fraquezas; da inconsistência dessas coisas que lhe envaidecem.

Deve-se buscar a contemplação da humildade de Nosso Senhor, que, sendo Deus, se rebaixou a ponto de revestir-se da humanidade, e sujeitar-se a todas as contingências mais triviais e vis da nossa natureza; depois, a todos os ultrajes.

A virtude da humildade é o maior remédio contra a soberba. Suportar com paciência e mansidão os defeitos dos outros, as humilhações e injustiças é a pedra de toque para saber se somos humildes, dizia São Francisco de Sales.

Se em meu namoro, noivado ou casamento, eu que sou o soberbo, devo exercitar a humildade, rezar e pedir a Deus a graça da transformação pessoal por amor, pois quem ama, quer dar o seu melhor a pessoa amada.

Se o seu parceiro ou parceira é soberbo(a), reze pela graça da compreensão e flexibilidade. Evite brigas e discussões, busque dialogar com ternura e paciência. 

Em um relacionamento amoroso,
o mais forte é aquele que,
primeiro, pede perdão;
é aquele que prefere a paz
a estar sempre certo;
é aquele que reconhece que, juntos, somos muito melhores, do que sozinhos.

Em um relacionamento amoroso, o mais forte é aquele que respeita o tempo do outro, que é flexível. Aquele que sabe que se é belo não apenas quando brilha, mas quando também permite ao outro brilhar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A importância de ter valores pessoais firmes para o relacionamento amoroso

Um dos segredos para um namoro e casamento satisfatório é que ambos compartilhem valores semelhantes. Uma pesquisa, realizada em 2001, revelou que aqueles que possuem valores pessoais semelhantes tem chances 22% maiores de avaliar positivamente seu relacionamento.
 
Em parte, o conflito entre valores, pode explicar a dificuldade que casais de denominações religiosas distintas podem enfrentar. Aliás, o Igreja Católica não impede casamento entre de católicos com não-católicos, mas estabelece algumas regras.
 
Mas, o que são valores pessoais?
 
Valores são os princípios que orientam a nossa vida, pode-se dizer que se trata de um conjunto de crenças, mais ou menos duradouras, sobre o que é ou não desejável e funcionam como normas que guiam nossos pensamentos, sentimentos e ações.
 
Nossos valores pessoais se formam através da educação que recebemos de nossos pais, da escola, de nossa cultura, da sociedade e de nossa personalidade.
 
Eles nos motivam agir desta ou daquela maneira, nos ajudam na solução dos conflitos e na tomada de decisões; dessa forma, são os nossos valores que influenciam em que vamos trabalhar, quanto iremos ganhar, com quem vamos nos relacionar, de que modo irei me vestir, como cuidarei de mim e de meus próximos etc.
 
Ao transgredir um desses meus princípios ou ver que outros não o respeitam, posso me sentir culpado, incompleto, preocupado, triste, incompleto, deslocado do contexto, enfim, "desvalorizado".
 
Por exemplo, pensemos na honestidade. Uma pessoa com esse princípio em alto grau poderia ser um exímio relações públicas, mas se sentiria constrangido ao tentar defender um cliente desonesto. Alguém cuja lealdade seja um valor pessoal importante, poderia abrir mão de ótimas oportunidades profissionais se tivesse que trair um amigo. Outra pessoa pode reorganizar toda a sua vida porque para ela o importante é a segurança familiar.

Muitos relacionamentos amorosos acabam, justamente, porque um ou outro não respeita os valores pessoais de seu companheiro(a), às vezes, até exigindo que ele(a) abra mão daquilo que é fundamental em sua vida. É necessário que o casal converse, desde o namoro, sobre as coisas que um e outro mais valoriza para mais na frente isso ser um fator de agregação e não de conflito.
 
Então, pergunto:
Quais são os valores que norteiam a sua vida?
 
Altruísmo, Coragem, Excelência, Saúde, Independência, Honestidade, Justiça, Amor, Paz, Respeito, Deus?
 
Faça uma lista geral de seus valores. Peça para que sua namorada (seu namorado), esposa(o) faça o mesmo e conversem sobre isso. Alinhar os valores do casal é importantíssimo para a harmonia e o crescimento juntos.
 
Sentiu dificuldade? Temos um exercício que pode ajudar, basta clicar AQUI e fazer o download.