quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Castidade segundo os estados de vida

Continuando o tema da castidade, segundo o Catecismo da Igreja Católica, lembremos que “todo batizado é chamado à castidade (...) segundo seu específico estado de vida (CIC, 2348): casados ou celibatários.

Desde os tempos apostólicos, virgens e viúvas cristãs, chamadas pelo Senhor a apegar-se a Ele sem partilha em uma liberdade maior de coração, de corpo e de espírito, tomaram a decisão, aprovada pela Igreja, de viver respectivamente no estado de virgindade ou de castidade perpétua "por causa do Reino dos Céus" (Mt 19,12; cf. CIC, 922).

“Acrescentada às outras formas de vida consagrada, a ordem das virgens constitui a mulher que vive no mundo (ou a monja) na oração, na penitência, no serviço a seus irmãos e no trabalho apostólico, conforme o estado e os carismas respectivos oferecidos a cada uma. As virgens consagradas podem associar-se para guardar mais fielmente seus propósitos” (CIC, 924).

Todos os ministros ordenados da Igreja latina, com exceção dos diáconos permanentes, normalmente são escolhidos entre os homens fiéis que vivem como celibatários e querem guardar o celibato “por causa do Reino dos Céus” (Mt 19,12). Chamados a consagrar-se com indiviso coração ao Senhor e a “cuidar das coisas do Senhor”, entregam-se inteiramente a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta nova vida a serviço da qual o ministro da Igreja é consagrado; aceito com coração alegre, ele anuncia de modo radiante o Reino de Deus (CIC, 1579).


As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na continência: Existem três formas da virtude da castidade: a primeira, dos esposos; a segunda, da viuvez; a terceira, da virgindade. Nós não louvamos uma delas excluindo as outras. Nisso a disciplina da Igreja é rica” (CIC, 2349).

“Os noivos [ou namorados] são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, urna aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade”. (CIC, 2350).

“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (CIC, 2359).

A virtude da castidade desabrocha na amizade. Mostra ao discípulo como seguir e imitar Aquele que nos escolheu como seus próprios amigos, se doou totalmente a nós e nos faz Participar de sua condição divina. A castidade é promessa de imortalidade. A castidade se expressa principalmente na amizade ao próximo. Desenvolvida entre pessoas do mesmo sexo ou de sexos diferentes, a amizade representa um grande bem para todos e conduz à comunhão espiritual. (CIC, 2347).

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Falando sobre a castidade


A palavra castidade aparece 47 vezes no Catecismo da Igreja Católica, tida como “perfeição da caridade” (CIC, 915). A Igreja convida os jovens a se instruírem e se prepararem no cultivo da castidade como exercício preparatório para o amor conjugal (CIC, 1632).

A Bíblia enumera a castidade como um dos frutos do Espírito Santo (Gl 5, 22s), ou seja, “primícias da glória eterna” (CIC, 1832). Nos três Evangelhos sinópticos, o apelo de Jesus dirigido ao jovem rico, de segui-lo na obediência do discípulo e na observância dos preceitos, é relacionado com o convite à pobreza e à castidade (CIC, 2053).


Contudo, é nos parágrafos 2337 a 2359, quando aborda as ofensas à castidade, que o Catecismo explicita “a vocação à castidade”, a qual resumiremos a seguir.


O que é a castidade? O Catecismo responde:  é “a integração correta da sexualidade na pessoa” (CIC, 2337), portanto, não é a negação ou repressão da sexualidade e do sexo como algo impuro, sujo, essencialmente mal, mas a forma de vive-la de forma “verdadeiramente humana” (CIC, 2337). E como isso acontece? Quando a sexualidade se exprime em uma relação “de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher” (CIC, 2337), em outras palavras, com a pessoa certa (o cônjuge), do jeito certo (a entrega mútua, recíproca, de livre e espontânea vontade), no momento certo (na vida conjugal) e na intensidade correta (ou seja, integral, não doou apenas meu corpo à minha esposa, mas também meu interior).


A pessoa casta se opõe a todo comportamento que venha ferir a castidade, não tolera nem a vida dupla nem a linguagem dúbia (CIC, 2338)


A castidade é uma virtude moral (CIC, 2345), assim como a justiça, a fortaleza, a temperança, isso significa que é adquirida humanamente, resultado de atitudes pessoais firmes, disposição, uso da inteligência, da vontade que regula os nossos atos, guiando nossas paixões segundo a fé e a razão (cf. CIC, 1804). Por isso, compreende-se que “a castidade representa uma tarefa eminentemente pessoal” (CIC, 2344): depende de meu esforço ser mais casto, de não me expor a situações que venham feri-la.


Com isso em mente, compreende-se que “a castidade comporta uma aprendizagem do domínio de si que é uma pedagogia da liberdade humana (CIC, 2339), o qual deve ser aprendido no lar cristão, através dos ensinamentos dos pais (cf. CIC, 2223). O "domínio" do mundo que Deus havia outorgado ao homem desde o início (cf. Gn 1,28) realizava-se, antes de tudo, no próprio homem como domínio de si mesmo (CIC, 377). A alternativa é clara ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz” (CIC, 2339).


O Catecismo reconhece que o “domínio de si mesmo é um trabalho a longo prazo. Nunca deve ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida. O esforço necessário pode ser mais intenso em certas épocas, por exemplo, quando se forma a personalidade, durante a infância e a adolescência” (CIC, 2342), também em certos contextos culturais (cf. 2344) e estados de vida, como no período do noivado – poderíamos incluir aqui também o namoro (cf. CIC, 2350).


Mas, todo batizado é chamado a viver a castidade (cf. CIC, 2348) e tem a obrigação de “resistir às tentações empenhar-se-á em usar os meios: o conhecimento de si, a prática de uma ascese adaptada às situações em que se encontra, a obediência aos mandamentos divinos, a prática das virtudes morais e a fidelidade à oração” (CIC, 2340).


A virtude da castidade é comandada pela virtude cardeal da temperança, que tem em vista fazer depender da razão a paixões e os apetites da sensibilidade humana. (CIC, 2341). O que é a temperança? É a moderação, a sobriedade, é “a virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos dentro dos limites da honestidade” (CIC, 1809). Não está relacionada apenas à sexualidade, mas também a toda espécie de excesso, o abuso da comida, do álcool, do fumo e dos medicamentos (cf. CIC, 2290).


O Catecismo lembra que “as virtudes humanas adquiridas pela educação, por atos deliberados e por uma perseverança sempre retomada com esforço são purificadas e elevadas pela graça divina” (CIC, 1810). Dessa forma, ressalta que também a castidade, apesar da exigência de esforço pessoal, é “também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo” (CIC, 2345). “Leva aquele que a pratica a tornar-se para o próximo uma testemunha da fidelidade e da ternura de Deus”. (CIC, 2346).


Diante de tudo isso, recordo as palavras de Jesus aos discípulos “sem mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15,5), então, peçamos a graça de ordenarmos a nossa sexualidade em sintonia com o Seu Coração Sagrado.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Diferenças entre homens e mulheres - 3a parte (comunicação)

Este é o terceiro post da série sobre as diferenças entre homens e mulheres. Pesquisas revelam que o cérebro do homem funciona de modo bem diferente do cérebro da mulher e essa é uma das maiores causas de problemas entre os relacionamentos amorosos. Compreender essas diferenças próprias da natureza do homem e da mulher pode melhorar o convívio e ajudar a ter um namoro menos tumultuado.

Já falamos das diferentes habilidades de cada um, agora, abordaremos como os dois se comunicam de formas diferentes.

Em geral, as meninas aprendem a falar mais cedo que os meninos e de forma mais articulada. As mulheres, por serem mais detalhistas, expressam suas experiências com grande riqueza de gestos, sons e palavras. Elas chegam a usar, por dia, entre 6 e 8 mil palavras; já os homens, de duas a três vezes menos. Para a mulher falar é um modo de agradar e compartilhar, dizer que gosta de você. Já a fala masculina tem o objetivo de informar.

Sob estresse, as mulheres tendenciam a disparar em falar mais ainda, o homem acha que está sendo bombardeado por uma lista de problema para resolver. Fica nervoso, impaciente e tenta organizar as coisas. Na verdade, muitas vezes, elas querem apenas desabafar - e, quando o homem propõe soluções, é provável que ela até fique chateada!

Para um homem conversar com uma mulher, deve conter o impulso de propor soluções ou de questionar seus motivos. Se ela parece ter um problema, uma ótima técnica é perguntar: você quer que eu só escute ou te ajude a solucionar?

A fala feminina pode misturar vários assuntos em uma mesma conversa, o que deixa os homens ainda mais "perdidos". É importante que a mulher compreenda que, para se fazer entender ou convencer um homem, deve apresentar com clareza um pensamento ou uma ideia de cada vez. A fala indireta faz parte da estrutura do cérebro feminino, o homem não precisa se aborrecer com is­so. Pra chegar a um bom relacionamento com uma mulher, deve prestar atenção aos sons e à linguagem corporal.

O homem, geralmente, em um diálogo, usa frases mais cur­tas, fala de uma coisa por vez e, dificilmente, interrompe o outro (a menos que seja um debate). Por isso, os homens ficam irritados quando as mulheres interrompem sua fala ou não deixam eles completarem o raciocínio.

Outro erro muito comum ocorre nos momentos de discussão. Na tentativa de se impor, muitas mulheres, erradamente, elevam a voz, passando ao homem uma impressão de agressividade ou utilizam de "caras e bocas" ou sons para mostrar seus sentimentos: tudo isso é em vão! Geralmente, os homens não conseguem interpretar de maneira correta as sutilezas da entonação e da expressão facial. Quer ser entendida por um homem: seja clara e objetiva!

Outra coisa: as palavras uma mulher podem ser utilizadas com grande flexibilidade, enquanto o homem é mais literal. Ela pode reclamar que ele nunca a ouve; ele pode retrucar "NUNCA? Isso, não é verdade, não estou te ouvindo agora?"

Não é que as mulheres sejam supersensíveis e os homens, insensíveis. É que a constituição cerebral de um é diferente da do outro. Como no mundo femini­no a percepção é muito mais desenvolvida, elas esperam que eles também sejam capazes de ver os detalhes, ler seus sinais de linguagem verbal, vocal e corporal e adivinhar seus desejos, tal como fa­ria outra mulher. A mulher parte do princípio de que o homem será capaz de descobrir o que ela quer ou precisa e, quando isso não acontece, diz que ele é insensível, nem desconfiou! Ele reclama: Sou obri­gado a ler teu pensamento? 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Diferenças entre homens e mulheres - 2a parte (eles)

Este é o segundo post da série sobre as diferenças entre homens e mulheres. Pesquisas revelam que o cérebro do homem funciona de modo bem diferente do cérebro da mulher e essa é uma das maiores causas de problemas entre os relacionamentos amorosos. Compreender essas diferenças próprias da natureza do homem e da mulher pode melhorar o convívio e ajudar a ter um namoro menos tumultuado. Já falamos delas, agora é a vez deles.


Os homens, em geral, usam os sentidos de forma mais seletiva, são mais pragmáticos, generalistas, possuem a sensibilidade menos aguçada que a mulher, sua atenção é mais focada em uma coisa de cada vez, sua forma de se comunicar é direta, fala menos, tende a ser mais racional, tende a ser bom em resolver problemas e, na maioria dos casos, tem maior inteligência espacial.

Estudos que confirmam que o cérebro masculino é especializado, compartimentado, configurado para se concentrar numa atividade específica. Por isso, a maioria dos homens diz que só pode fazer uma coisa de cada vez. Quando um homem pára o carro para consultar um mapa, o que faz primeiro? Desliga o rádio! A mulher, geralmente, não compreende isso. Se ela lê, ouve e fala ao mesmo tempo, por que ele não faz o mesmo? Por que ele insiste em que se desligue a televisão quando o telefone toca? Por que não escuta o que eu digo quando está lendo jornal ou vendo tevê? É uma queixa comum entre as mulheres do mundo todo. A resposta é que, devido ao número menor de fibra conectora entre os hemisférios e à compartimentação, o cérebro masculino é configurado para executar uma coisa de cada vez. Observe a imagem do cérebro de um homem enquanto ele está lendo, e vai verás que fica virtualmente surdo!

O cérebro masculino evoluiu de forma a solucionar problemas e buscar soluções racionais para estes problemas. As mulheres, geralmente, têm dificuldade com jogos espaciais ou atividades que exijam muito raciocínio lógico. A diferença já começa na idade escolar, quando mais novos, atividades como línguas e artes são aprendidas por elas mais rapidamente que pelos meninos, mas com a introdução de matérias como matemática, física e ciências, eles acabam se saindo melhor.

A maioria dos homens apresenta boa capacidade de localização. Apenas 10% das mulheres tem boa ou excelente orientação espacial, por isso, da dificuldade delas em estacionar o carro, fazer baliza, ler mapas, distinguir direita da esquerda e da dificuldade masculina de pedir informações quando está perdido!

As habilidades inatas do homem em se localizar fazem com que, admitir estar errado e se perdeu, seja admitir sua incapacidade e isso equivale, no seu entendimento, ao medo de ser abandonado pela companheira.

Para o homem, dirigir um carro é testar sua habilidade espacial em relação ao ambiente. Para a mulher, dirigir é apenas ir do ponto A ao ponto B sem contratempo. Se ele é o passageiro, a melhor estratégia é ligar o rádio, fechar os olhos e ficar calado. Afinal, se sabe que, em geral, a mulher se envolve menos em acidente que o homem. Ela chegará até lá. Talvez demore um pouco mas irá.

O homem, quando dirige, usa sua habilidade espacial e toma decisão que parece perigosa para a mulher que está a seu lado. Desde que ele não seja um louco do volante, é melhor ela se desligar, parar as críticas e o deixar dirigir em paz.

A visão masculina é programada para enxergar a longa distâncias. Não é muito boa com detalhes. Por isso, os homens têm dificuldade para encontrar chaves, meias, a manteiga na geladeira... Mesmo estando ao alcance da mão! Ou de perceber que a mulher cortou dois dedos do cabelo! Ou ainda as imperfeições do corpo feminino, como rugas, estrias, celulite, gordurinhas! Portanto, é muito provável que o seu namorado não perceba as “imperfeições” do seu corpo. Geralmente, isso só acontece, quando a mulher começa a mostrar! Então, pare de mostrar esse tipo de defeito e comece a focar nas coisas boas, assim seu namorado vai percebê-las mais ainda!

Para encerrar esse post, cito o papa Francisco:

O homem e a mulher, como casal, são imagem de Deus. A diferença entre homem e mulher não é para a contraposição, nem para a subordinação, mas para a comunhão e a geração, sempre à imagem e semelhança de Deus.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Diferenças entre homens e mulheres - 1a parte (elas)

Pesquisas revelam que o cérebro da mulher funciona de modo bem diferente do cérebro do homem e essa é uma das maiores causas de problemas entre os relacionamentos amorosos. Compreender essas diferenças próprias da natureza do homem e da mulher pode melhorar o convívio e ajudar a ter um namoro menos tumultuado.


Essas diferenças são, primeiramente, de ordem biológica, mais que cultural. A anatomia da mulher é diferente da do homem: não só pelas genitálias, mamas, mas também a constituição óssea (mais leve nas mulheres), formato do crânio (maior nos homens), da bacia (mais arredondada nas mulheres), dos dentes (na mulher, são mais delicados e regulares, enquanto, no homem, são mais volumosos), do funcionamento cerebral. O cére­bro feminino é um pouco menor que o masculino e, muito embora, o homem possua cerca de quatro bilhões de neurônios a mais, as mulheres, geralmente, alcançam uma pontuação cerca de 3% mais alta nos testes de inteligência do que eles.

A diferença entre os sexos se encontra também relacionada a questões genéticas, bioquímicas e variações hormonais, por exemplo, o excesso de testosterona no homem e de progesterona na mulher, isso faz com que as mulheres variem mais de humor ao longo do dia do que os homens.

Em geral, a mulher escuta melhor que o homem e distingue muito bem os sons mais agudos. O cérebro feminino é programado para ouvir um choro de criança no meio da noite, enquanto o pai pode não perceber e continuar dormindo. Com uma semana de vida as meninas são capazes de identificar a voz da mãe ou distinguir o choro doutro bebê entre os sons do ambiente. Os meninos não conseguem.

O cérebro feminino tem a capacidade de isolar e selecionar os sons e de tomar decisão a respeito de cada um deles. Por isso, as mulheres conseguem prestar atenção a uma conversa íntima e, ao mesmo tempo, ouvir o que se diz em volta. E é também por isso que os homens têm tanta dificuldade em escutar alguém quando a televisão está ligada ou quando vem da cozinha o barulho de prato. Se o telefone toca, o homem pede que se pare de falar, que se abaixe o som ou desligue a televisão para que possa ouvir. A mulher simplesmente atende.

Desde que nascem, as meninas são muito mais sensíveis ao toque e, quando adultas, a sensibilidade de sua pele é, pelo menos, dez vezes maior que a dos meninos.

Também os sentidos do paladar e do olfato são mais aguçados na maioria das mulheres do que nos homem. Os homens se saem melhor na percepção de salgado e amargo enquanto que as mulheres são muito melhores em distinguir doce. Eis aí uma provável causa das mulheres gostarem tanto de doce e de estar entre elas a maioria dos provadores de alimento. Na mulher o sentido do olfato não apenas é superior ao do homem médio mas fica ainda mais apurado durante o período da ovulação.

Muitas mulheres têm boa visão periférica de qua­se 180º. Os olhos do homem são maiores que os da mu­lher e o cérebro masculino é configurado para visão a longa distância, do tipo túnel, que o faz enxergar claramen­te em frente até muito longe, como se usasse binóculo.

Elas conseguem ser mais detalhistas, descritivas, mas eles têm dificuldade de encontrar a manteiga na geladeira ou a chave do carro mesmo que esteja a sua frente.


Em geral, as mulheres têm uma capacidade maior de perceber as variações de cores, especialmente, os tons de vermelho. O cromossomo X é o responsável por essas células que processam as cores. Como possui dois cromossomos X, isso se reflete na maneira detalhada como ela descreve as cores. O homem nomeia as cores com palavras simples, corno vermelho, azul e verde. A mulher fala de cinza-grafite, verde-água, azul-turquesa, cor de malva e verde-maçã.

De forma alguma as diferenças aqui descritas são para alimentar qualquer forma de sexismo, mas para mostrar que somos diferentes sim, mas complementares, isso nos enriquece como humanos. Certa vez, o papa João Paulo II assim se pronunciou acerca das diferenças entre homens e mulheres:

“A mulher é o complemento
do homem, como o homem é
o complemento da mulher:
mulher e homem são entre si complementares.
A feminilidade realiza o “humano”
tanto como a masculinidade,
mas com uma modulação distinta e complementar”

(Papa João Paulo II)



segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Você sabia que a gula pode prejudicar seu namoro e até o casamento?

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontra sua raiz nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Esse é o quinto texto de uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Já abordamos a soberba, a avareza, a luxúria e a inveja, falemos, agora, da gula.

A rigor a gula é o amor desordenado aos prazeres ligados ao alimento - tratando-se do excesso de bebida, chama-se embriaguez (atualmente, alcoolismo); mas, a natureza é a mesma: a falta de autocontrole, chamada de intemperança.

A gula pode si dar pelo excesso ou pelo extremo rigor na qualidade - aquele tipo de pessoa que gasta "rios de dinheiro" em comidas refinadas sem necessidade ou ainda que só fala nessas coisas.

Claro a comida nos causa prazer, o problema é, sobretudo, quando esse se torna o único prazer (ou o principal) de tal forma que acaba por prejudicar a saúde do indivíduo, colesterol elevado, pressão alta, problemas cardíacos dentre outros. Tem gente que sabe que, por causa do diabetes, por exemplo, não pode comer doce, mas briga com todo mundo e até esconde um "chocolatezinho" ou "ataca" a geladeira à noite. Há pessoas viciadas em bebida que chegam a mentir para conseguir dinheiro para sustentar o vício do álcool.

A gula pode provocar, inclusive, consequências mais graves ainda para a alma como o abandono das atividades religiosas (pensemos no caso do jejum, da abstinência, das penitências). Todos sabem o quanto o alcoolismo prejudica o usuário, a família com a sociedade como um todo!

Mas, talvez, o que poucos saibam é que a gula pode prejudicar nossas relações amorosas, namoro, noivado e até o casamento!

Deixe-me explicar: não é o amor ao alimento em si que pode acabar seu namoro, aquelas saidinhas para lanchar no sábado à noite... nem do impacto financeiro dessas aventuras gastronômicas! Não, estou falando, justamente, daquilo que falta ao guloso, o autocontrole, o domínio de si, a temperança.

Para ilustrar o que estou afirmando, cito o exemplo de um famoso experimento realizado, em 1960, na Universidade de Stanford. Colocaram crianças de 4 anos em uma sala com marshmallows e prometeram a elas que, se resistissem ao seu impulso em comer os doces por uns 20min, receberiam o dobro. Um terço dele não resistiu à tentação. Uma década depois, descobriu-se que aqueles mais contidos haviam se tornado adolescentes mais bem sucedidas no trabalho, nos estudos e até nos futuros casamentos! O contrário dos outros, que eram mais briguentos, instáveis, intolerantes à frustração, ciumentos.

A intemperança faz apressar o passo, atropelar as etapas, não saber esperar e isso gera muitas complicações.

Os glutões geralmente, são pessoas excessivamente carentes, ciumentas, possessivas, com pouca tolerância a frustração; diante dos problemas, tendem a "descontar" sua raiva, medos, frustrações e ansiedades na comida ou bebida. Esse tipo de comportamento, além de prejudicial a si mesmo, causa um desequilíbrio nos vínculos afetivos exigindo do outro que ele preencha seu vazio existencial - o que já mais será saciado! - o que pode gerar sentimentos de culpa, cobrança, agressões, mentiras etc.

Os remédios para os males da gula partem do autoconhecimento de nossas próprias necessidades e limites, reconhecer até onde estou a satisfazer uma demanda do meu corpo ou de minha própria compulsão, até onde estou me utilizando da comida e da bebida para meu sustento ou como "bengala" para apoiar minha fragilidade emocional. Em alguns casos, é necessária ajuda profissional.

Como meios espirituais para combater a gula, oração, jejum e penitência são os meios clássicos. Pedir a Deus o dom do domínio de si e a graça do discernimento em ter a capacidade de saber reconhecer as próprias necessidades.

domingo, 30 de agosto de 2015

A inveja também destrói o namoro

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontra sua raiz nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Esse é o quarto texto de uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Já abordamos a soberba, a avareza e a luxúria, falemos, agora, da inveja.


Inveja pode ser entendida pelo prazer que se sente com a desgraça alheia, no fundo, pode significar o desejo de ter a vida do outro e como isso não é possível torço pelo seu fracasso e me entristeço com seu sucesso - como se a felicidade dele perturbasse a minha.

O livro da Sabedoria (Sb 2,24) ensina o poder destrutivo da inveja ao afirmar que

"Pela inveja do diabo a morte entrou no mundo"

Santo Agostinho dizia que

"A inveja é o pecado diabólico por excelência”

E se referia a ela como "o caruncho da alma que tudo rói e reduz a pó".

O distintivo essencial da inveja é a falta de caridade, o amor não é invejoso - ensina São Paulo (1Cor 13,5). 

Ciúme é uma face da inveja. Não se alegra com os reveses e dissabores alheios. Mas tem o receio exacerbado de perder o bem que possui, e cobiça violentamente o bem dos outros, podendo chegar a prejudica-lo, física ou moralmente, através de fofocas, intrigas, calúnias, rivalidades etc.

Os invejosos podem ser pessoas inseguras, com baixa autoestima, ingratas e interesseiras, capazes de qualquer coisa para atingirem seus objetivos.

A pessoa invejosa, geralmente, tem dificuldade de admirar o outro, sofre do sentimento de injustiça. Muitas vezes, ela também é companheira das pessoas inseguras, fracassadas ou revoltadas, que, não conseguindo o sucesso das outras, ficam corroídas de inveja e desejando-lhes o mal. E muitas vezes, esse sentimento está tão entranhado na pessoa que ela mesma não sabe ou não consegue perceber que possui sentimentos de inveja em relação a outras pessoas.

A inveja destrói o namoro não pelo "olho gordo" ou por atrair "coisas negativas" sobre si (isso é superstição!), mas porque o invejoso, é um insatisfeito crônico: quer ter uma vida que não é a sua (é a das revistas, das novelas, dos filmes, é a vida de pessoas próximas...), não saber agradecer pelos seus dons, nem pelas coisas boas que tem e corre o risco de "usar" as pessoas como meio para obter o que ele quer. Como ensina o papa Francisco, o outro é um dom de Deus e aos dons de Deus é necessário dizer "muito obrigado".

Outra coisa que dificulta o relacionamento com uma pessoa invejosa é que ela sempre estará comparando o seu namoro com o de outra pessoa e, geralmente, as comparações se fazem de forma pejorativa para com o parceiro: "você num serve pra nada! Não vê fulano? Isso é que é um namorado..."

A falta de gratidão, de admiração e de elogios sinceros vão minando a relação a ponto de torna-la insustentável, podendo culminar no rompimento traumático.

E que remédios pode se usar para combater a inveja? 

Rezar e meditar sobre o fato de que "Deus não faz distinção entre as pessoas" (Rm 2,11), todos os homens tem igual natureza e igual destino. Não são irmãos em Cristo todos os católicos? E não são todos eles membros da mesma sociedade que é a Igreja?

Peçamos ao Senhor que Ele nos faça enxergar a nossa própria riqueza, que infunda amor sincero pelo próximo e nos dê a capacidade de reconhecer as consequências devastadora que a inveja pode causar na minha vida e na dos outros e a humildade para me alegrar com as conquistas dos outros.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Como a luxúria pode estragar um relacionamento

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontra sua raiz nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Esse é o terceiro texto de uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Já abordamos a soberba e a avareza, falemos, agora, da luxúria.


Luxúria ou lascívia é o vício contrário à virtude da pureza, caracterizada por pensamentos excessivos de natureza sexual ou um desejo sexual confuso ou incontrolável. Hoje, fala-se muito sobre a compulsão sexual.

Que atos podem se considerar lascivos?
  • Ações libertinas que desrespeitem seu corpo, do outro;
  • O olhar malicioso sobre pessoas e/ou objetos com intuito de obter excitação;
  • Alimentar voluntariamente pensamentos, a imaginação ou os desejos impuros;
  • Fornicação: ter relações sexuais antes do casamento;
  • Adultério: ter relações sexuais extraconjugais;
  • Masturbação: excitação voluntária dos órgãos sexuais;
  • As chamadas perversões como incesto, pedofilia, bestialidade, exibicionismo sexual, sadomasoquismo etc.
  • Pornografia, dentre outras coisas.
Que males a luxúria pode trazer para o relacionamento amoroso?

Um namoro centralizado no sexo, dificilmente, se sustenta por muito tempo. Antecipar as etapas do relacionamento pode gerar sensação de “vazio”, de se sentir usado, abandonado, pode ser gatilho para uma série de atitudes de dominação, violência, possessividade etc., aumenta o risco de DST’s, de gravidez na adolescência; a sensação de desamparo pode levar à transtornos de ansiedade, depressão etc.

A masturbação é sempre, e especialmente no adulto, uma manifestação de pouca maturidade no desenvolvimento da personalidade, já que resulta de não se ter alcançado um nível de adequado autocontrole. Pode levar a sentimentos de culpa e vergonha. A longo prazo, se não se corrige, torna a pessoa mais introvertida, egoísta, sempre às voltas com os seus problemas e incapaz de estabelecer relações de entrega e doação de si mesma com os outros.

A pornografia, adultério, fornicação ou mesmo o desejo sexual incontrolável podem destruir o namoro, o noivado e até o casamento. A pornografia pode levar ao desinteresse pelo parceiro e incentivar a infidelidade, gera expectativas irreais que prejudicam o relacionamento. Acaba por destruir a confiança e a franqueza, qualidades essenciais no casamento. Visto que em geral é feito em secreto, o uso da pornografia muitas vezes leva a enganar e a mentir. O cônjuge se sente traído. Não entende por que seu parceiro não mais o acha atraente.

Na alma, os pecados contra a pureza nublam, entenebrecem e materializam, a inteligência. Cegam-na para as coisas de Deus (1Cor 2, 14). Desmoralizam e embrutecem o coração gerando a acídia ou "preguiça espiritual" ou desleixo para com as coisas sagradas, que, progressivamente, a pessoa passa a ver Deus como um "estraga prazeres" e tende a se afasta Dele, podendo abandonar a religião e cair na impiedade. Por isso, é importante vigiar e orar.

Como superar o vício da luxúria?
  • Buscar compreender quais as verdadeiras razões que o levam ao vício (carência afetiva, imaturidade emocional, medo de compromisso, dificuldade em se relacionar, insatisfação pessoal etc.);
  • Fugir ou evitar aas ocasiões que levam ao pecado;
  • Evitar o ócio e utilizar o tempo de forma produtiva;
  • Vida de oração;
  • Prática da confissão;
  • Penitências e mortificações;
  • Em alguns casos, é necessário ajuda profissional.
Nós fomos feitos para o amor, não para qualquer amor, mas uma amor que tende ao infinito, uma amor sobrenatural e a luxúria vem deteriorar essa tendência ao eterno que reside em mim, ela distorce, deforma a maneira de amar, fazendo com que se viva uma amor egoísta, centralizado na sensação de prazer e não na pessoa do outro, e não em uma amor enquanto doação e entrega total, um amor aberto à fecundidade, um amor tão forte que, a exemplo do Pai e do Filho, seja capaz de gerar um Terceiro.

sábado, 15 de agosto de 2015

Como a avareza pode atrapalhar sua relação

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontram sua origem nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Esse é o segundo texto de uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Falemos, agora, da avareza.


Avareza é o amor desregrado aos bens materiais, às riquezas e, sobretudo, ao dinheiro.

O avarento é ganancioso, ou seja, anda sempre aflito por ganhar mais dinheiro. A fortuna, para ele, é um fim, e não o meio de prover às necessidades da existência.

O avarento pode ser também sovina, mesquinho, não consegue dividir o que tem, não se desapega de seus bens e quando tem que gastar, parece que lhe arrancam um pedaço de si.

Por amor ao dinheiro, muitos não hesitam em cometer injustiça para com o próximo, fraudes, trapaças, roubos, traição. O avarento não se compadece da miséria.

A avareza afeta todas as áreas da vida, inclusive os relacionamentos amorosos.

O avarento por vezes, confunde os bens materiais com os afetos e acham que quanto mais posses tiverem mais as pessoas gostaram dele. Quantos pais e maridos acham que trabalharem em excesso para acumular bens materiais é mais importante do que oferecer carinho e atenção aos filhos e/ou a esposa!

Mas, seu comportamento, ao contrário, tende a afastar as pessoas ou aproximar apenas os interesseiros. Por isso, muitos avarentos podem se tornar pessoas solitárias, desconfiadas, reclamonas – o que se agrava com a idade.

O avarento tem a tendência a controlar – não só o dinheiro, mas também acaba por se utilizar desse “poder financeiro” para controlar a vida das pessoas que dependem dele.

Além disso, avareza, apego e ciúme estão estritamente relacionados. No fundo, tudo tem a ver com a segurança que o avarento deposita no que tem, e não em Deus. 

Seja no namoro, no noivado e, sobretudo, no casamento, é muito importante e virtuoso economizar com sabedoria. Entretanto, o dinheiro não pode se tornar o principal propósito do casal.

Muitos divórcios e discussões no casamento ocorrem devido às questões financeiras. Mas, na vida conjugal, deve-se romper com a mentalidade do “meu” e do “seu”, pois os bens agora são “nossos”. O casal deve dialogar e entrar em acordo sobre o que, como e onde gastar e economizar.

Se você for o único provedor da casa não sinta que todo o dinheiro é seu e só você pode administrá-lo e gastá-lo. Se você e seu cônjuge trabalham, não dividam os lucros. Coloquem todo o dinheiro em apenas uma conta bancária, conjunta se for possível, desta forma não sentirão que um contribui mais que o outro.

Ao invés de ficar obcecado em ganhar mais e acumular mais riquezas, reserve um tempo também para desfrutarem, juntos do fruto de seu trabalho.

Reze a Deus pedindo a graça da generosidade, para que ele lhe dê um coração desapegado dos bens materiais; lembre-se de que tudo passa neste mundo; e que a Única riqueza de verdade é amar a Deus e o próximo. Medite nos exemplos de Jesus Cristo. Era riquíssimo, quis nascer, viver e morrer, paupérrimo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Como a soberba pode atrapalhar o namoro

A teologia católica ensina que a origem de todos os males humanos encontram sua origem nos chamados "pecados capitais": soberba, avareza, luxúria, inveja, gula, ira e preguiça. Eles interferem, inclusive, no namoro cristão.

Vamos iniciar uma série de reflexões sobre estes pecados para ajudar cada um a lidar melhor com seus limites e melhorar seu relacionamento e sua vida. Iniciemos com a soberba.



A Soberba consiste numa estima excessiva de si mesmo. São Tomás de Aquino dizia que a soberba é a mãe de todos os vícios.


Quais são as características de uma pessoa soberba?
  • Gaba-se em demasia de suas qualidades; 
  • Não se lembra de dar glória a Deus pelo que recebe;
  • Tem dificuldade de agradecer e reconhecer a ajuda dos outros;
  • Atribui a si mesmo dotes que não possui;
  • Tem a tendência em rebaixar as virtudes dos outros;
  • Gosta de criticar em excesso.
A soberba tem muitos filhos: o orgulho, vaidade, vanglória, arrogância, prepotência, exibicionismo, egocentrismo, ambição, a presunção, e a vanglória.
  1. Orgulho: é quando a pessoa se sente superior aos outros.
  2. Vaidade: ocorre quando o indivíduo quer chamar para si, de maneira incontrolada, a atenção, a admiração, os elogios e homenagens, quase sempre vazios, ilusórios e instáveis. Tais pessoas gostam de aparecer, se exibir, amam aplausos e as bajulações.
  3. Ambição: é o desejo descomedido de glória, honras, fortuna, poder, etc. o ambicioso anda atrás das posições de destaque e das dignidades.
  4. Presunção: é a demasiada confiança em si próprio. Presunção e ambição não raro andam a par. O presunçoso exagera seus talentos, julga-se preparadíssimo para qualquer encargo, acha que sabe tudo, que pode fazer tudo melhor que os outros.
  5. Vanglória: é a mania de se envaidecer por predicados, mais brilhantes e espalhafatosos, do que reais e sólidos; de colher louvores, e pasmar os circunstantes, quanto não há motivo para tanto.
Como a soberba pode atrapalhar um relacionamento?

O orgulho é um pecado que pode levar ao fim muitos relacionamento. São Paulo ensinava que o amor não é orgulhoso, não é ostensivo, exibicionista, não busca o próprio interesse (1Cor 13,4s), justamente, o oposto da soberba. Ela vai destruindo o amor e a cumplicidade de um casal e faz com que as coisas boas que um sente pelo outro acabem se desmoronando até que não reste mais nada.

O soberbo, dificilmente, reconhece seus erros, tem dificuldade em pedir perdão e o perdão é a base para o amor: quanto mais se ama verdadeiramente, quanto mais se perdoa.

Para o soberbo, é sempre o outro que está errado: estudos mostram que, em geral, as pessoas têm três vezes mais a tendência de responsabilizar o outro pelos problemas conjugais. Mas, quem suportaria estar sempre errado em um relacionamento?

O soberbo muitas vezes é inflexível, o que pode aumentar em 38% os conflitos do casal.

Pessoas vaidosas e egocêntricas (derivados da soberba) buscam sempre chamar atenção, ser o centro, são excessivamente emotivas. No início, as suas relações afetivas estão impregnadas de uma paixão frenética e fora de controle, depois, costumam terminar de maneira drástica e tormentosa.

A arrogância e a autossuficiência excessivas vão minando a relação. Não é possível um amor saudável se um dos dois se sente superior ao outro. Aqui, há a dificuldade em reconhecer a própria insuficiência e fraqueza.

O que fazer para superar a soberba?

Tudo começa pela prática da humildade. Buscar reconhecer que Deus é a origem de tudo que somos e temos, reconhecer que, embora sejamos a mais sublime das criaturas que Deus criou, a única que Ele quis para si, nós somos pó (Gn 2,7). Busque exercitar a gratidão a Deus e ao próximo.

É aconselhado que se faça um exame atento, demorado, sincero, de suas misérias, das suas falhas e fraquezas; da inconsistência dessas coisas que lhe envaidecem.

Deve-se buscar a contemplação da humildade de Nosso Senhor, que, sendo Deus, se rebaixou a ponto de revestir-se da humanidade, e sujeitar-se a todas as contingências mais triviais e vis da nossa natureza; depois, a todos os ultrajes.

A virtude da humildade é o maior remédio contra a soberba. Suportar com paciência e mansidão os defeitos dos outros, as humilhações e injustiças é a pedra de toque para saber se somos humildes, dizia São Francisco de Sales.

Se em meu namoro, noivado ou casamento, eu que sou o soberbo, devo exercitar a humildade, rezar e pedir a Deus a graça da transformação pessoal por amor, pois quem ama, quer dar o seu melhor a pessoa amada.

Se o seu parceiro ou parceira é soberbo(a), reze pela graça da compreensão e flexibilidade. Evite brigas e discussões, busque dialogar com ternura e paciência. 

Em um relacionamento amoroso,
o mais forte é aquele que,
primeiro, pede perdão;
é aquele que prefere a paz
a estar sempre certo;
é aquele que reconhece que, juntos, somos muito melhores, do que sozinhos.

Em um relacionamento amoroso, o mais forte é aquele que respeita o tempo do outro, que é flexível. Aquele que sabe que se é belo não apenas quando brilha, mas quando também permite ao outro brilhar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A importância de ter valores pessoais firmes para o relacionamento amoroso

Um dos segredos para um namoro e casamento satisfatório é que ambos compartilhem valores semelhantes. Uma pesquisa, realizada em 2001, revelou que aqueles que possuem valores pessoais semelhantes tem chances 22% maiores de avaliar positivamente seu relacionamento.
 
Em parte, o conflito entre valores, pode explicar a dificuldade que casais de denominações religiosas distintas podem enfrentar. Aliás, o Igreja Católica não impede casamento entre de católicos com não-católicos, mas estabelece algumas regras.
 
Mas, o que são valores pessoais?
 
Valores são os princípios que orientam a nossa vida, pode-se dizer que se trata de um conjunto de crenças, mais ou menos duradouras, sobre o que é ou não desejável e funcionam como normas que guiam nossos pensamentos, sentimentos e ações.
 
Nossos valores pessoais se formam através da educação que recebemos de nossos pais, da escola, de nossa cultura, da sociedade e de nossa personalidade.
 
Eles nos motivam agir desta ou daquela maneira, nos ajudam na solução dos conflitos e na tomada de decisões; dessa forma, são os nossos valores que influenciam em que vamos trabalhar, quanto iremos ganhar, com quem vamos nos relacionar, de que modo irei me vestir, como cuidarei de mim e de meus próximos etc.
 
Ao transgredir um desses meus princípios ou ver que outros não o respeitam, posso me sentir culpado, incompleto, preocupado, triste, incompleto, deslocado do contexto, enfim, "desvalorizado".
 
Por exemplo, pensemos na honestidade. Uma pessoa com esse princípio em alto grau poderia ser um exímio relações públicas, mas se sentiria constrangido ao tentar defender um cliente desonesto. Alguém cuja lealdade seja um valor pessoal importante, poderia abrir mão de ótimas oportunidades profissionais se tivesse que trair um amigo. Outra pessoa pode reorganizar toda a sua vida porque para ela o importante é a segurança familiar.

Muitos relacionamentos amorosos acabam, justamente, porque um ou outro não respeita os valores pessoais de seu companheiro(a), às vezes, até exigindo que ele(a) abra mão daquilo que é fundamental em sua vida. É necessário que o casal converse, desde o namoro, sobre as coisas que um e outro mais valoriza para mais na frente isso ser um fator de agregação e não de conflito.
 
Então, pergunto:
Quais são os valores que norteiam a sua vida?
 
Altruísmo, Coragem, Excelência, Saúde, Independência, Honestidade, Justiça, Amor, Paz, Respeito, Deus?
 
Faça uma lista geral de seus valores. Peça para que sua namorada (seu namorado), esposa(o) faça o mesmo e conversem sobre isso. Alinhar os valores do casal é importantíssimo para a harmonia e o crescimento juntos.
 
Sentiu dificuldade? Temos um exercício que pode ajudar, basta clicar AQUI e fazer o download.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

11 tipos de pensamento que podem destruir qualquer relacionamento amoroso

Muitos conflitos no relacionamento surgem a partir de interpretações distorcidas das ações da pessoa amada, são pensamentos automáticos, involuntários, incontroláveis, que ocorrem em uma fração de segundos e que, se o casal não souber questioná-los, pode trazer graves prejuízos ao namoro, noivado e ao casamento.
 
 
O famoso psicólogo Aaron Beck classificou onze tipos de “armadilhas psíquicas” capazes de gerar conflito nos relacionamentos:
1.                   Visão em túnel (abstração seletiva): as pessoas com “visão em túnel” só veem o que se enquadra à sua própria atitude ou estado de espírito, ignorando o restante. Podem, p.ex., deter-se a um minúsculo pormenor e nele fundamentar toda a interpretação de um episódio. Outros detalhes importantes são repudiados, censurados ou minimizados. Isso impede o casal de enxergar os bons momentos do relacionamento e, ao olharem para trás, o que veem é uma cadeia contínua de momentos desagradáveis.
Descobriu-se que, com um pouco de esforço, os casais podem resolver esse tipo de distorção, quando um ou outro começa a recordar e enumerar os momentos bons que viveram todos os dias e, uma vez por semana, conversam sobre o assunto.
2.                   Inferência arbitrária: às vezes, a visão tendenciosa do indivíduo é tão intensa que ele faz juízos desfavoráveis mesmo sem qualquer fundamento para eles. P. ex., a esposa, ouve o marido cantando noutra sala e pensa “ele está fazendo isso para me irritar”. Na realidade, ele cantava apenas porque estava feliz. Outro exemplo: a namorada estava silenciosa no encontro e o namorado pensou “não está falando porque está zangada comigo”; na verdade, ela – que sempre se expressava quando se sentia irritada – estava apenas mergulhada em seus próprios pensamentos.
3.                   Generalização excessiva. Trata-se de uma das mais comuns. São aqueles pensamentos do tipo tudo ou nada, oito ou oitenta, carregado de termos como nunca, sempre, tudo, todos, nenhum. P.ex., “ele nunca me ouve”, “ela sempre me critica”; às vezes, esses pensamentos negativos levam a conclusões desesperançosas sobre o relacionamento: “as coisas nunca vão melhorar” ou contra a própria pessoa “sou um fracasso como pai”
4.                   Pensamento polarizado: é o caso dos pensamentos de extremos opostos, as coisas ou são boas ou más, pretas ou brancas, possíveis ou impossíveis, desejáveis ou indesejáveis, não há pontos intermediários. P.ex., para um perfeccionista, se o desempenho não for perfeito, então terá sido um completo fracasso; outro pensamento típico “ou sua família ou eu”, “ou me submeto ou termino o namoro” – em ambos casos o conflito poderia se negociar um meio termo através do diálogo.  
5.                   Amplificação: são os chamados pensamentos catastróficos ou terrificantes, do tipo “fazer tempestade em copo d’água”. Isso ocorre por se dá grande importância às consequências desse ou daquele episódio. P.ex., o namorado não gostou de a namorada ter mentido para ele, então pensou “agora não posso mais confiar nela”, “se é assim agora, vai piorar quando nos casarmos”, “é terrível ela esconder coisas de mim”. Pensamentos assim, revelam a baixa tolerância à frustração.
6.                   Explicações tendenciosas. Outro tipo de pensamento muito comum. Trata-se de presumir automaticamente que há má-fé por trás das atitudes do outro é reflexo de um modelo mais geral de raciocínio em que se atribui casas para os comportamentos, bons ou maus. P.ex., o namorado que atribui a crise no relacionamento jogando a culpa numa grave falha de caráter da namorada, "tudo é por causa de sua negligência", a mulher pensa "tudo é por causa do seu gênio impulsivo".
7.                   Rotulação negativa: é um processo que decorre das atribuições tendenciosas. P.ex., quando a esposa descobre uma explicação negativa para os atos do marido, é possível que lhe coloque um rótulo crítico. Assim, o marido se transforma num “irresponsável” e a esposa agressora numa “besta” ou numa “idiota”. A esposa ofendida passa assim a reagir segundo os rótulos que colocou no marido como se fossem reais – como se ao chama-lo de tirano ele fosse realmente um tirano.
8.                   Personalização: trata-se de colocar-se como responsável por um acontecimento, sendo que os resultados são consequências de fatores externos incontroláveis. O indivíduo também acredita que o resultado negativo acarreta uma atenção negativa para si (todos estão me olhando feio). P.ex., “meu marido perdeu o emprego porque eu lhe trago azar”
9.                   Leitura dos pensamentos: quem acredita ser capaz de ler o que o outro pensa cai numa armadilha: supõe ver no outro pensamentos e motivos para as atitudes demonstradas que de forma alguma se justificam. Embora, por vezes, acertem, são propensos a erros que prejudicam muito o relacionamento. Outro erro comum é a expectativa de clarividência por parte do(a) parceiro(a): “ela devia saber que não gosto disso”, “ele devia saber o que eu quero”. Não, não deveria! É preciso que você se expresse claramente para que o outro saiba o que você quer.
10.               Raciocínio subjetivo: é a supervalorização das emoções pessoais. Tem-se aí a seguinte crença: quando se sente forte emoção, então esta tem fundamento, está justificada. P.ex., se me sinto ansioso, é porque ela não foi boa para mim. Se estou triste, significa que ela não gosta de mim. Uma variante desses erros cognitivos decorre da responsabilidade excessiva. A esposa que assume a responsabilidade total pelo bem-estar da família pode se saturar de um sentimento de ultraje e silenciosamente acusar o marido: ele não corresponde às expectativas: deveria também suportar o ônus da responsabilidade.
Em muitos casos é necessário ajuda psicológica para enfrentar os pensamentos automáticos recorrentes, principalmente, quando causa graves prejuízos ao convívio a dois.
Alguns conselhos práticos podem ser utilizados para combater essas distorções:
·         Detenha-se aos fatos: controle a sua imaginação e caso não encontre provas concretas de que algo corresponde à realidade, não tome isso como verdade;
·         Busque analisar os fatos de maneira integral;
·         Evite as generalizações exageradas;
·         Questione suas conclusões, às vezes, você pode estar errado!
·         Lembre-se: você não possui superpoderes! Tiver dúvidas, pergunte. O diálogo é sempre melhor do que supor.