quarta-feira, 8 de julho de 2015

Oito caracteristicas dos casais prósperos

Susan Page, uma escritora americana, diz em seu livro “The 8 Essential Traits of Couples Who Thrive” – 8 Características Essenciais dos Casais Prósperos -, que os casais precisam de: (1) Desejo; (2) Boa vontade; (3) Valores bem definidos; (4) Limites; (5) Perspectiva; (6) Comunicação; (7) Intimidade; e (8) Prazer.
 
 
 
1 – DESEJO:
Não é preciso ser muito erudito em matéria de relacionamento para saber que num casamento onde falta desejo, alguma coisa provavelmente está errada ou fora do lugar. Como um casamento onde os cônjuges não têm desejo poderia ser “florescente”? O amor conjugal naturalmente leva a um sadio desejo, que é ingrediente essencial para que este amor seja fecundo e co-participe com Deus na Criação, gerando vida. Isso é “florescer”. O que eu tenho feito para não deixar que o desejo se “apague” no meu casamento? Falo coisas agradáveis para minha(eu) esposo(a)?

2 – BOA VONTADE:
Para que um casamento seja próspero é extremamente necessário que ambos os esposos sejam sempre favoráveis à relação. Em qualquer circunstância, principalmente em ocasião de problema ou tensão, é necessário que o objetivo de cuidar do “nosso” ao invés do “meu” seja sempre propriedade. Ter boa vontade é ter uma disposição favorável em relação ao matrimônio. O que eu tenho feito pelo bem da minha relação com meu(inha) esposo(a)? Que atitude despojada eu gostaria de ter (- eu + nós) na relação? Tenho observado as atitudes do(a) meu(inha) esposo(a) nesse sentido? Qual é a minha resposta para essas atitudes?

3 – VALORES BEM DEFINIDOS:
Os cônjuges devem procurar cultivar valores em comum. Bons valores, de preferência. Isso deve começar desde a fase do namoro, pois o matrimônio, principalmente o matrimônio cristão, está ordenado para missão de gerar e educar a prole. É responsabilidade dos pais entregar à vida filhos bem formados em valores sólidos e cristãos. Que tipo de valores eu tenho cultivado no nosso lar? Que tipo de ambiente está esperando por nossos filhos (se eles ainda não vieram)? Que tipo de exemplo estou dando pra os meus filhos (se eles já vieram)? Que tipo de cultura (musicas, livros, revistas, filmes...) eu estou introduzindo na minha casa e na minha família?

4 – LIMITES:
Liberdade é uma coisa boa. Disso não resta duvidas. Mas quem, em sã consciência, concordaria que a liberdade sem limites favoreceria um ambiente saudável? Infelizmente, o coração do homem foi corrompido pelo mal e pelo pecado. Para uma boa convivência social, ele precisa de leis. Para uma boa vivência religiosa, orientada para o bem, o Senhor teve que lhe dar mandamentos. O homem sempre precisa que lhe indiquem até onde ele pode ir. Dentro do matrimônio não é diferente. Apesar dos cônjuges ainda terem, cada um, sua individualidade, eles agora são uma só carne. São agora um só corpo e um só espírito, e, portanto, sua liberdade também deve ser limitada, para o bem do(a) esposo(a) e para o bem do próprio matrimônio. Tenho abusado da minha liberdade em relação à minha(eu) esposa(o) e meus filhos? Tenho respeitado a individualidade da minha(eu) esposa(o)? Converso amavelmente com meu(inha) esposo(a) sobre suas atitudes que eu considero abusos? Ouço com atenção e respeito quando ela/ele faz o mesmo?

5 – PERSPECTIVAS:
Um matrimônio próspero, precisa ter perspectivas de futuro. Para isso, é preciso que o casal seja providente, seguro e prevenido. Isso não acontece quando cada um trabalha egoisticamente, cada um para si. É preciso ter atitudes em comum que conduzam um para o outro, e os dois para o futuro. É claro que, como diz o velho ditado, “o futuro a Deus pertence”. Mas é fundamental que o casal esteja em sintonia quando fala do futuro. É preciso que os planos do marido e da esposa sejam compatíveis! Imagine um casal onde o marido faz planos de conseguir um emprego na capital enquanto a esposa está super empolgada com o trabalho voluntário que começou recentemente na paróquia. O momento de conflito seria eminente! Tenho conversado com minha(eu) esposa(o) sobre os nossos planos e objetivos para o futuro? Conversamos sobre planejamento familiar e orçamento familiar? Quais são as nossas prioridades?

6 – COMUNICAÇÃO:
A comunicação é fundamental para que todas as outras características se desenvolvam. Basta reler nos itens anteriores, quantas vezes eu fiz a pergunta: “Converso com meu(inha) esposa(o)...?”; “Conversamos...?”; “Falo...?”, “ouço...?”. O que eu faço quando percebo que minha(eu) esposa(o) quer conversar comigo? Normalmente eu percebo? E quanto a mim? O que eu faço, por iniciativa minha, no sentido de favorecer o diálogo? Que outras formas criativas eu uso para me comunicar com minha(eu) esposa(o) que só nós dois conhecemos (gestos, caricias, bilhetinhos com “códigos”, etc.)?

7 – INTIMIDADE:
Intimidade é uma palavra, hoje, tão desvirtuada quanto “amor”. Quando se fala em intimidade, muitos logo pesam em sexo. A intimidade entre os esposos certamente favorece uma sexualidade muito mais sadia, mas isso só acontece na medida em que o casal se doa, ou seja, se entrega totalmente um ao outro. E isso só é possível na medida em que um conhece o outro totalmente. Intimidade não é sexo. Intimidade é abertura, conhecimento do outro. Ser íntimo de seu esposo(a) é conhecê-lo(a) em sua essência. Naquilo que o(a) constitui: sua alma, seus valores, seus anseios, seus medos, suas inseguranças, suas dores, suas alegrias, suas fantasias, seus sonhos... A intimidade é construída sobre três pilares: tempo, diálogo e cuidado. Quando conheço minha(eu) esposa(o)? Posso dizer que sou intimo dela(e)?

8 – PRAZER:
Finalmente o prazer. Sem o prazer, que casal pode se considerar próspero? E aqui não falo apenas de prazer sexual, pois qualquer pessoa pode testemunhar muitos casais prósperos que estão já na velhice, muito provavelmente já não tem mais sexo, e mesmo assim mostram tanto prazer de viver, tanto prazer de estar juntos, que tanta vitalidade chega a contagiar! Quem não sente uma santa inveja ao ver um casal assim? Quem não gostaria de chegar na velhice assim também? Estou falando de olhar para aquela criatura e sentir prazer em dizer para si mesmo: “Minha esposa / meu esposo!”. Prazer gera alegria e satisfação. Se o matrimônio tem a função de antecipar aqui na terra a imagem do amor de Deus ao qual estamos destinados com fim último, e que nos proporcionará a satisfação e alegria plenas que nosso coração tanto busca, é óbvio que o matrimônio teria a capacidade de gerar também alegria de satisfação (prazer). Sinto prazer em estar ao lado da pessoa que escolhi amar por toda vida?
 

Extraído do livro Sereis uma só carne (Cleofas)
prof. Felipe Aquino (pp. 31-35)

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