quarta-feira, 15 de julho de 2015

Oito formas de amar altamente perigosas

O psicólogo Walter Riso reuniu em seu livro, “Amores de Alto Risco” (Editora L&PM) uma seleção de oito perfis psicológicos que podem desenvolver formas perigosas de conduzir as relações amorosas. Eles trazem consigo antivalores que se opõem ao desenvolvimento normal do afeto. Nesses casos, é necessário, muitas vezes, ajuda profissional.
 
 
1.     Estilo histriônico e seu amor torturante e teatral. O caráter assediado, perturbado, exibicionista e teatral desse tipo de personalidade se opõe a simplicidade e espontaneidade do amor. Pessoas assim buscam sempre chamar atenção, ser o centro, são excessivamente emotivas. No início, as suas relações afetivas estão impregnadas de uma paixão frenética e fora de controle, depois, costumam terminar de maneira drástica e tormentosa.
2.    A desconfiança do paranoico rompe um princípio básico do amor: a confiança, a segurança; saber que a pessoa que você ama não te fará nenhum dano intencional. Esse estilo de amar é carregado de suspeita e se converte em tortura.
3.    O amor subversivo do tipo passivo-agressivo. Nesse tipo de relação há o conflito de autoridade e a incapacidade de se estabelecer uma forma adequada de autonomia, sem recorrer à tortura psicológica. Falta honestidade emocional, o que se opõe a assertividade que o amor exige: é preciso saber expressar os sentimentos negativos de maneira socialmente aceita.
4.     Estilo egoísta e egocêntrico do narcisista o afasta radicalmente dos valores da humildade e da solidariedade. Não é possível um amor saudável se um dos dois se sente superior ao outro. Aqui, há a dificuldade em reconhecer a própria insuficiência e fraqueza.
5.     O amor perfeccionista e controlador do obsessivo-compulsivo configuram uma mente rígida, apegada a sistematização. O amor fica sufocado diante de tantas regras e condições, não só perde a liberdade como também impede o desenvolvimento. Um amor rígido atrofia. O estilo obsessivo também se opõe a admiração – pode até existir admiração sem amor, mas não há amor sem admiração. O gosto pela essência do outro, por suas conquistas, pelo que ele representa como pessoa, é impossível se a atenção está focalizada em seus erros.
6.     Estilo antissocial e seu amor violento.  A violência que pratica o sujeito antissocial é um antivalor que afeta todas as áreas interpessoais. A combatividade, a explosão e depredação que o caracterizam impedem que se desenvolva valores imprescindíveis para o amor, como a simpatia e a reciprocidade. Se há violência, o respeito desaparece. Falta-lhe a doçura capaz de se negar a fazer o outro sofrer, opondo-se a brutalidade e a crueldade.
7.     Estilo esquizoide e seu amor indiferente. Aqui o outro não é visto, nem sentido, o amor parece desvinculado, frio e distante. Esta apatia emocional se opõe a valores como ternura e empatia. O esquizoide tem dificuldade em se conectar emocionalmente, falta-lhe a capacidade de manifestações de afeto (ternura, carícias, sorrisos, abraços, beijos). A expressão de sentimentos positivos é, talvez, o principal alimento de uma relação amorosa – quando não se tem participação emocional na vida do outro, o amor se atrofia porque perde seu sentido vital.
8.     O amor caótico da personalidade limítrofe. A pessoa bordeline vive em um turbilhão emocional, é descontrolada, instável, falta-lhe paz interior e a raiva transborda com ímpeto. Ela não se sente dona de suas próprias emoções, seu mundo interno é uma bagunça, carece de autocontrole e autoconhecimento.

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