segunda-feira, 29 de junho de 2015

4 coisas que nunca devem existir no namoro

Claro que existem muitas outras atitudes que não deveriam existir no namoro (ou em qualquer outro relacionamento amoroso), mas selecionamos quatro muito comuns que devem sempre ser evitadas.
 

 
1. Ciúme excessivo
O ciúme é uma reação despertada por uma ameaça, real ou imaginária, de perda do parceiro ou de seu afeto ou atenção. Trata-se de uma complexa mistura de sentimentos (dor, raiva, tristeza, inveja, medo, culpa, insegurança, vergonha), que, embora, seja naturalmente humano, pode se tornar patológico.
O ciúme normal decorre de uma ameaça real de perda, de traição, enquanto no ciúme patológico a ameaça de perda é fictícia, imaginária, uma distorção das percepções da realidade, o que leva o ciumento às preocupações constantes e a questionar as saídas do parceiro, inspecionar roupas, carteira, celular, perfil nas redes sociais, perseguir o parceiro, sempre demonstrar desconfiança etc.
Há na cultura popular quem associa o ciúme à amor, entretanto, quando excessivo, o ciúme atrapalha qualquer relacionamento. Na verdade, ele pode estar relacionado à carência afetiva, baixo autoestima, insegurança. Em casos, graves é necessária ajuda profissional.
Lembre-se das palavras de São Paulo: “o amor... não é invejoso... nada faz de inconveniente... tudo crê” (1Cor 13,4s.7) e de São João: “ no amor não existe medo; pelo contrário, o amor perfeito lança fora o medo, porque o medo supõe castigo. Por conseguinte, quem sente medo ainda não está realizado no amor” (1Jo 4,18).
2. Dependência afetiva exagerada
Co-dependência ou a dependência emocional é uma condição psicológica ou um relacionamento no qual uma pessoa é controlada ou manipulada por outra.
Em geral, um dos dois tem dificuldade em tomar decisões, precisa de conselhos excessivos dos outros, precisa que assumam responsabilidade pela maior parte das principais áreas de sua vida; a pessoa tem dificuldade em manifestar sua opinião, quer agradar em excesso, com receio de perder apoio ou aprovação; pode apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria; falta confiança em si ou em suas capacidades; faz de tudo para obter carinho e apoio, inclusive coisas desagradáveis e/ou humilhantes.
A pessoa emocionalmente dependente se sente desconfortável ou desamparo quando sozinho devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo, busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e amparo logo após término de um relacionamento íntimo e tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à própria sorte.
Uma relação desse tipo pode revelar também baixa autoestima, pouca autoconfiança, pouco autocontrole, desvalorização pessoal, falta de autoconhecimento. Muitas vezes, é preciso acompanhamento terapêutico.
O papa Francisco ensina que o amor é feito uma casa, deve ser construído juntos! Um deve ajudar o outro a crescer, a ser melhor e não o contrário.
3. Violência
Violência no namoro (ou em qualquer tipo de relação) nunca deve ser permitida. O amor deve ser baseado no respeito mútuo. Entretanto, é muito comum vermos algum tipo de violência entre os namorados. Podem ser de forma pontual ou contínua, cometida por um ou por ambos, com o intuito de controlar, dominar e ter mais poder do que a outra pessoa envolvida na relação.
São tipos de violências: a violência física (p.ex., empurrões, jogar objetos, bofetadas, pontapés, murros etc.); a violência sexual (p.ex., forçar carícias ou atos sexuais sem consentimento); a violência verbal (gritos, humilhações, intimidações, ameaças); a violência psicológica (controle excessivo, manipulação, tortura, bulling, ciberbulling e.o.); a violência social (humilhação pública perante amigos, familiares, nas mídias sociais, proibição de convívio com outras pessoas dentre outros).
Nesses casos, é importante a intervenção da família e, dependendo da gravidade, até das autoridades públicas.
4. Antecipação
Cada vez mais cedo, os jovens iniciam a sua vida sexual mais cedo. Antecipar as etapas do relacionamento pode gerar consequências graves: a sensação de se sentir usado, abandonado, pode ser gatilho para as atitudes citadas nos tópicos anteriores, aumenta o risco de DST’s, de gravidez na adolescência; a sensação de desamparo pode levar à transtornos de ansiedade, depressão etc.
A relação pode correr o risco de centralizar-se apenas na genitalidade, enquanto o casal perde a oportunidade de crescer juntos no autoconhecimento, no diálogo, no amadurecimento mútuo.
 
Por isso, o sexo na doutrina católica, deve ser reservado aos casados, não porque a Igreja o considera algo diabólico ou negativo, mas porque ela o considera parte do "núcleo íntimo da pessoa humana", o qual deve ser "parte integral do amor no qual homem e mulher se empenham totalmente um para o outro até a morte" (CIC, 2361). 
 
Diz Coélet: "debaixo do céu há momento para tudo, e tempo certo para cada coisa", inclusive, "tempo para amar" (Ecl 3,1.8).

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