Durante vários anos, o papa João Paulo II iniciou uma série de catequeses sobre a Teologia do Corpo, nelas, havia algumas exortações, conselhos e bênçãos voltadas para os jovens casais. Aqui se encontra reunidos trechos de setembro a dezembro de 1979.
“Casais, dais início à vossa nova vida com a Bênção do Papa, depois da de Deus no altar. Tende sempre diante da vossa consciência o sentido cristão da missão para a qual fostes chamados com o sacramento do matrimônio. Levai nela a límpida e plena força do amor abençoado, que, como diz Santo Agostinho, "é tanto mais forte quanto mais santo" (Ep 127, 9). E nunca, nunca, venham a apagar o fogo, que acabastes de acender. Com estes fervorosos votos, abençoo-vos no nome do Senhor” (05/09/1979).
“Procurai fazer de toda a vossa vida um sacramento, isto é, um sinal evidente do amor recíproco e total de Cristo e da Igreja. E recordai-vos sempre que não existe pleno amor se não for acompanhado pela fidelidade, pelo acordo, pela generosidade e também pela paciência. Nestas condições vereis como é verdadeiramente belo viverdes juntos, vós e os vossos filhos, como parte da maior comunidade eclesial” (12/09/1979).
“(...) o segredo da vossa consolação está na presença de Cristo que vos uniu no matrimônio com a sua graça divina. Permanecei unidos em Cristo: eis os meus votos! A presença de Jesus, na vossa casa, no vosso amor, nas vossas escolhas, seja sempre a luz que vos ilumine e a consolação que vos alegre” (19/09/1979).
“Vós fostes os "ministros" do vosso matrimônio; e, por conseguinte, a "graça sacramental" de Cristo, que torna sagrada e perene a vossa união, recebeste-la através da vossa própria vontade de amor e de consagração recíproca”.
“A dignidade do matrimônio é imensa! Por isso, permanecei no amor de Cristo”!
“Recordai-vos do que disse Jesus: "Eu sou a videira, vós as varas! Quem está em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto... Nisto é glorificado o meu Pai: Dando vós muito fruto!" (cfr. Jo c.15). Levai frutos de bondade, de caridade, de santificação: seja este o vosso compromisso de vida conjugal” (26/09/1979).
“(...) agradeço terdes vindo aqui testemunhar perante a comunidade cristã a beleza e a grandeza do Sacramento, instituído por Jesus para santificar o amor e torná-lo estável. Oxalá o vosso exemplo seja para os mais jovens um apelo salutar aos princípios cristãos, os únicos que podem garantir ao lar doméstico a verdadeira e duradora felicidade” (10/10/1979).
“Aos jovens Casais, além de desejar todo o bem d'Aquele que instituiu a matrimônio, quereríamos recordar as palavras do Apóstolo São Paulo aos Efésios (5, 22 ss.), o qual compara o Esposo com Cristo, a Esposa com a Igreja. E como Cristo morreu pela Igreja, e esta não tem outro desejo senão agradar-lhe e servi-lo, assim deveis fazer também vós. O pensamento da vossa recíproca dignidade será fonte de profundo respeito, de firmeza, de amor e de toda a ditosa consolação” (24/10/1979).
Não existe pleno amor
se não for acompanhado
pela fidelidade, pelo acordo,
pela generosidade e também
pela paciência
“E agora dirijo-me a vós, queridos jovens casais, para vos apresentar as minhas paternais felicitações, que são ao mesmo tempo convite à confiança e à alegria. A alegria, desabrochada nos vossos corações com a graça do Sacramento, vos acompanhe por toda a vida e vos ajude a vencer as tentações que derivam do egoísmo, o grande inimigo da união familiar. Fazei que as novas famílias — nascidas do vosso livre consentimento, vivificado e tornado oferta de amor pela presença de Cristo — sejam sempre acompanhadas da vontade constante e recíproca de bem; permaneçam sólidas na rocha da unidade e da fidelidade; sejam ricas daquelas virtudes cristãs que fundam e garantem a prosperidade do lar doméstico” (31/10/1979).
“(...) O matrimônio, precisamente porque inclui uma especial participação no amor nupcial de Cristo à sua Igreja, do qual é sacramento, isto é sinal eficaz, é uma totalidade onde se encontram todas as componentes da pessoa; uma unidade profundamente pessoal, que exige a indissolubilidade e a fidelidade recíproca definitiva, e se abre à fecundidade. Oxalá o vosso amor tenha este significado novo do cristianismo que o purifica e consolida” (07/11/1979).
“(...) O Senhor, Deus da bondade, da paz e da alegria, esteja sempre convosco! Ele que abençoou e consagrou o vosso amor mediante o sacramento do matrimônio, vos conceda a graça de conservardes este amor indefectível no tempo, na essência e no seu fim”! (14/11/1979).
“(...) Vós, queridos Casais, quisestes Jesus no Sacramento do matrimônio; viestes ter com o Papa, Vigário de Jesus, para receber d'Ele a Bênção do Senhor; se iniciastes tão bem, como verdadeiros cristãos, a vossa convivência, não posso desejar-vos nada melhor do que isto: estai sempre com Jesus, na fé e na vida de cada dia; tende-O sempre, Jesus, no meio de vós, também com a vossa oração. Deste modo não vos será difícil caminhar juntos no amor, na fidelidade, no acordo mútuo, na compreensão e paciência recíprocas e na paz; e os vossos filhos receberão de vós a melhor educação, o melhor bom exemplo, e a mais querida e salutar recordação. Por conseguinte, estejam sempre com Jesus, e Jesus esteja sempre convosco” (21/11/1979).
“O Filho de Deus que, encarnando, escolheu nascer no âmbito de uma família humana, vos conceda a graça de vos recordar por toda a vida a dignidade e a responsabilidade que derivam do Sacramento do matrimônio; vos dê sempre a força para viverdes uma vida exemplar praticando as virtudes cristãs e, por fim, preencha a vossa família com os Seus dons celestiais de paz, alegria e prosperidade” (12/12/1979).
“Caríssimos jovens Casais! (...) A meditação natalícia sobre o Menino Jesus – nascido na pobreza de Belém, mas com a riqueza do amor de Maria e de José vos leve a serdes sempre testemunhas convictas da alegria suprema do Natal. Jesus nasceu por nós, veio também para iluminar, de modo definitivo, o valor do amor, a verdadeira natureza do matrimônio, a alegre e séria responsabilidade de dar a vida a novas criaturas, por Ele desejadas, amadas, remidas e destinadas para a felicidade eterna”.
“Os meus votos de felicidade e a minha Bênção vos acompanhem” (19/12/1979).
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